Marcus Brandão: o “estrategista” que virou o coveiro político da própria família


 havia algum roteiro capaz de destruir em tempo recorde um projeto político que vinha sendo cuidadosamente costurado ao longo dos últimos anos, Marcus Brandão conseguiu executar com perfeição. O irmão do governador Carlos Brandão protagoniza o maior fiasco político da história recente do Maranhão.


A denúncia feita pelo deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT), de que Marcus seria o responsável por gravar clandestinamente aliados e autoridades, é simplesmente devastadora. O homem que se vendia como articulador discreto e “protetor” do grupo Brandão mostrou, na prática, ser o principal inimigo do próprio governo.


Marcus cometeu o erro mais infantil, e ao mesmo tempo mais destrutivo, que alguém no poder poderia cometer: espionar os próprios aliados. Em nome de uma paranoia sem sentido, ele acendeu o pavio de uma crise que implodiu o núcleo político do Palácio dos Leões.


O resultado foi imediato. Em poucas horas, o governo Carlos Brandão perdeu duas de suas maiores figuras: Rubens Pereira, secretário de Articulação Política e articulador histórico do campo governista, e Robson Paz, secretário das Cidades. Ambos pediram demissão, deixando claro que o governo perdeu credibilidade e comando.


Mas o estrago não para por aí. A jogada desastrada de Marcus queimou a imagem do irmão e enterrou de vez o sonho político do próprio filho, Orleans Brandão, que já era tratado como o “herdeiro” natural do projeto governista em 2026. O que antes era um plano de continuidade se transformou num desastre irreversível.

Hoje, nenhum partido sério quer continuar atrelado ao grupo Brandão. PCdoB, PSB e boa parte do PT já sinalizaram afastamento. E o apoio do presidente Lula, que era a grande cartada eleitoral de Orleans, virou algo completamente fora de cogitação.


Nos bastidores, o comentário é unânime: Marcus Brandão é o homem que destruiu o que o irmão levou décadas para construir. A influência desmedida, o autoritarismo e a mania de controlar tudo transformaram o Palácio dos Leões num ambiente de desconfiança e medo.


Em vez de estrategista, Marcus se revelou um sabotador de luxo. E, com a crise instalada, o grupo Brandão sangra em praça pública.


A verdade é dura, mas inevitável: Marcus Brandão cavou a cova política do irmão, jogou o filho dentro e ainda jogou terra por cima.


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